A pesquisa de clima organizacional é considerada como uma ferramenta tradicional utilizada nas empresas para mapear a percepção dos colaboradores sobre diferentes aspectos da experiência. Na prática essa pesquisa que pode ser aplicada online ou presencialmente, pede que os funcionários da empresa respondam uma série de perguntas que tem como objetivo mapear o grau de engajamento e satisfação em relação aos pontos específicos referentes ao ambiente, cultura e estrutura organizacional.
Esta pesquisa geralmente tem uma periodicidade mais longa e é aplicada com intervalo de 6 a 12 meses. E após a sua aplicação diversos pontos são avaliados a fim de identificar os locais de melhoria e planos de ação são elaborados para aplicação nos mesmos. Esse processo pode ser ineficaz quando as mudanças acontecem constantemente, imagine uma empresa que aplica pesquisa anualmente em junho e em março do ano seguinte ouve uma reviravolta na situação da pandemia que fez com que as modalidades, rotinas operacionais e experiências de trabalho mudassem, como essa pesquisa anual poderá ajudar a empresa a entender as dores e necessidades dos funcionários naquele momento?
Essa forçada e rápida mudança de cenário proporcionada pela pandemia nos últimos anos fez com que esse método que já era muito utilizado pelas empresas, venha ganhando importância a partir do aumento da preocupação dos profissionais de gestão de pessoas com a manutenção do clima organizacional em meio a rotinas de trabalho home office, que trouxeram a tona a importância de escuta ativa constante dos colaboradores e consequentemente a modernização dessas ferramentas para resultados mais rápidos.
Desta forma mesmo sendo uma prática tradicional a pesquisa de clima se torna ultrapassada na medida em que envolve alta complexidade de elaboração e execução com processo demorado de análise e criação de soluções que quando são implementadas já não possuem a mesma efetividade e eficiência devido. Além disso, muitas empresas sequer dão uma devolutiva aos funcionários sobre a pesquisa, o que os deixa desmotivados para participar das próximas e dificulta que eles se sintam parte da organização, o que pode acarretar até mesmo na falta e engajamento nas ações e soluções propostas.
Com tamanhas alterações de cenário, o papel das pessoas dentro das organizações está sofrendo muitas mudanças e o setor de GP e RH ganha um papel estratégico para as empresas se manterem ativas e estáveis com essas mudanças, esse fator favorece a modernização dessas ferramentas para tornar o processo de escuta mais ágil, analítico e digital.
Neste sentido, com essa nova perspectiva inovadora, chamada de Employee Experience é preciso também enxergar o colaborador como centro, tendo como objetivo alinhar as suas necessidades com os objetivos da empresa, e é importante ressaltar que a pesquisa de clima não é uma ferramenta a ser descartada ou substituída e sim modernizada através de novas práticas, para que se mantenha sua eficiência e cada empresa deve entender os pilares para a boa gestão da experiência do colaborador antes de determinar quais as metodologias mais adequadas a serem aplicadas, levando em consideração o grupo ou persona do colaborador, o momento da jornada e o que é importante nesse momento especifico, sempre avaliando questões relevantes para o momento e as reais dores dos colaboradores.
São inúmeros os benefícios de tornar a pesquisa de clima mais contínua e com foco no colaborador, alguns deles são:
Maior chance de recomendação;
Diminuição do Turnover;
Aumento da receita;
Mais inovação.
Por fim, vale fazer um comentário sobre esse último ponto, em empresas onde o colaborador se sente ouvido e valorizado, há um desenvolvimento natural da inovação. Pode parecer coincidência, mas não é, organizações que mais investem na experiência do colaborador são também as que possuem mais alto nível de inovação dentro da sua cultura e seu propósito. A exemplo disso, temos a Apple, Google, Facebook, Airbnb e Linkedin.
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